Céu de areia



Preso sobre um chão de nuvens,
iluminado céu de areia admiro,
entre tilintares e ferrugens,
Vejo da lua, a penumbra
iluminada por estilhaços de vidro.

Preso sob um céu de areia,
em duro chão de nuvens me angustio,
Entre a dúvida e a certeza,
Vejo do Sol, a luz da doçura
Obscurecida por pedras de granizo.

Liberto dos grilhões do silêncio,
Pássaro de poesia recito,
Não importa mais se me perco,
Como Romeu agora busco o caminho
Da sacada onde amor o retumba...

Liberto dos grilhões do  receio,
Pássaro de ilusões alcanço.
De Julieta, apenas o veneno
que mantém minha alma em pranto,
sinto o punhal da rejeição profunda...

Tão liberto quanto preso,
Não mais um pássaro alado,
apenas um céu de nuvens e um chão de areia,
não mais dúvida só certeza
que todo e qualquer devaneio
se tornou apenas raiva e amargura...

Rs Schindler(Renan Souza)

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